Economia Alimentação

Produtos da cesta básica aumentam e soteropolitanos sentem impactos no bolso

A valorização do dólar frente ao real e o aumento da demanda da China pelos produtos brasileiros são os dois fatores principais para a subida dos preços.

Por Por Fabio Ribeiro

16/09/2020 às 12:47:23 - Atualizado há
Foto: G7BAHIA

Quem anda pelos supermercados de Salvador já observou o preço dos produtos na prateleira aumentarem. Se antes fazer uma comprar de R$400 dava para encher o carrinho, hoje a realidade é diferente.

Isso porque os itens da cesta básica tiverem um aumento significativo em compensação ao início do ano.

Segundo dados Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em pesquisa realizada no mês de agosto, o preço da cesta básica em 13 das 17 capitais subiu.

Informações

Em Salvador, de julho para agosto, a cesta básica saltou de R$ 415,22 para R$418,72, conforme dados do órgão.

O preço da carne é um exemplo. O fígado bovino que no mês de agosto custava $8,00 kg, em setembro disparou, para R$12,45. Já a Chã de fora saiu de R$19,50kg para R$25,98kg e o cruz machado de R$13,89kg para R$16,98kg.

De acordo com o economista Denilson Lima, Coordenador da Pesquisa de Preços ao Consumidor (PPC), a procura dos chineses pela soja, arroz e carne para estoque tem contribuído no aumento dos alimentos.

"No caso da soja, os analistas do mercado estimam que a China deva comprar todo produto ofertado pelo Brasil até o ano de 2023. Isso porque os chineses estão com déficit de produção", destaca.

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Para o Microempreendedor Individual (MEI) Eduardo Santos, os itens da cesta básica no mercado estão muito caros.

"Os governantes estão se aproveitando do atual cenário da pandemia. É um absurdo o kg de o arroz custar em média R$5. Para quem ganha um salário mínimo é prejudicial demais", pontua Eduardo.

Consumo

O superintendente de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), Denilson Lima salienta que o preço do arroz teve uma alta considerável devido também ao isolamento social.

"As famílias passaram a ir às compras para comprar maiores quantidades e estocar o produto. Com isso a produção de arroz não acompanhou o aumento súbito da demanda, o que pressionou o aumento de preços" frisa o superintendente.

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A contadora Lucila Barbosa, 33 anos, diz que é importante os supermercados limitarem a quantidade de produtos que cada cliente pode levar para casa.

"Com o aumento dos preços, as pessoas começam a se desesperar e querer fazer estoque. Isso reflete na lei da procura e oferta dentro dos estabelecimentos", diz.

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