Com a falta dos ônibus, alunos da faculdade UNIME, em Lauro de Freitas, estão tendo que pagar um valor de R$ 14 por dia para frequentar as aulas
Estudantes protestam, na manhã desta sexta-feira (7), contra a falta de ônibus universitário em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Segundo eles, o serviço foi suspenso pela Prefeitura e tem causado transtornos na vida dos acadêmicos desde o fim de 2024.
Em entrevista à TV Bahia, o estudante Daniel, que representa os manifestantes, falou a respeito das dificuldades enfrentadas pelos alunos diariamente.
"Essa é uma dificuldade que a gente sempre enfrenta aqui em Simões Filho, não somente no período de provas, mas em junho e dezembro, quando começa o período de provas. Sempre ficamos sem transporte escolar e, este ano, fomos surpreendidos de uma forma ainda maior, porque estava previsto que os ônibus voltariam no dia 6, mas fomos pegos de surpresa com a informação no Diário Oficial de que a licitação foi suspensa. A partir daí, começamos toda uma mobilização para cobrar nossos direitos", explicou.
Daniel também afirma que os ônibus tinham uma data programada para retornar, mas que o acordo não foi cumprido. A partir disso, os estudantes começaram a buscar formas de chamar a atenção do poder público.
"Foi cancelado o transporte começar no dia 6 e não tínhamos uma data prevista. A gente se mobilizou, montamos manifestações e conseguimos uma reunião com a comissão que até então seria com o prefeito, mas ele não apareceu e estavam a Secretaria de Educação, o Conselho de Juventude, o Superintendente de Juventude", conta.
"A desculpa que eles dão é a questão da licitação. Na reunião ontem eles falaram que cancelaram a licitação por um processo na Justiça em que duas empresas entraram e o Ministério Público mandou derrubar para iniciar outro processo. Chegamos na reunião ontem com duas propostas: A contratação emergencial ou continuar o último contrato, eles falaram que não podia e que a última gestão já tinha utilizado o contrato emergencial e que agora não podia utilizar, então fomos pegos de surpresa", completa.
Em entrevista ao BNews, um estudante que preferiu não se identificar contou sobre as condições do transporte, relatando que, diversas vezes, ocorreram episódios de superlotação, em que estudantes precisavam viajar em pé de Simões Filho a Salvador devido à falta de organização entre os coletivos para comportar todos os alunos.
Com a falta dos ônibus, alunos da faculdade UNIME, em Lauro de Freitas, estão tendo que pagar um valor de R$ 14 por dia para frequentar as aulas. Além da questão financeira, outro ponto de preocupação para os estudantes é o impacto nas bolsas de estudo e no ProUni, já que é necessária a frequência máxima nas aulas para não perder o benefício. Uma nova reunião será realizada na manhã de hoje com o Conselho para que todas as partes cheguem a um consenso.